ARMAGEDDON TIME

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Autobiografia situada nos anos 70 nos EUA ecoa o tempo presente

O fim da década de 70 nos Estados Unidos foi um verdadeiro caos na questão macrossocial, porém, é dentro dos lares americanos da época que se encontram as melhores histórias

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Uma dessas casas era a de James Gray, diretor americano, que resolveu contar a sua própria jornada na obra “Armageddon Time” — que tem o brasileiro Rodrigo Teixeira como produtor

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O filme se passa no bairro do Queens, em Nova York, e conta a história da família de Paul Graff (Banks Repeta), uma criança um tanto mimada pela mãe (Anne Hathaway) e pelo pai (Jeremy Strong)

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O único adulto com quem Paul criou um laço profundamente emocional é o avô Aaron Rabinowitz (Anthony Hopkins), um judeu que veio aos EUA quando criança em busca do sonho americano

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Porém, quase ninguém entende o comportamento de Paul, que, na sala de aula, acaba fazendo amizade com o igualmente inquieto Johnny Davis (Jaylin Webb)

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Ambas as crianças vivem vidas opostas e o filme traz a situação de forma muito orgânica. O racismo dos personagens, por exemplo, é trazido de forma estrutural, através de silêncios, castigos arbitrários e comentários aparentemente inofensivos

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A capacidade de contar a história de um pré-adolescente e, ao mesmo tempo, trazer um contexto histórico apurado, conquistou muita gente em diversos festivais, colocando a obra em destaque

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