FAT SUIT E GORDOFOBIA

'A Baleia' foi criticado por usar 'fantasia' em Brendan Fraser

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O filme “A Baleia”, que narra  uma espécie de busca por redenção de um professor que pesa 270 quilos, levou Oscars  de melhor ator e maquiagem

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O longa foi criticado por usar um fat suit: conjunto de enchimentos e maquiagens que transforma atores magros em personagens gordos

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A equipe do filme ganhou um Oscar por ter trabalhado cerca de 7h diárias para transformar Brendan Fraser em Charlie 

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Ativistas gordos queriam uma pessoa gorda no papel e comparam a prática ao blackface, que escurece pessoas brancas para interpretarem pessoas negras

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A desumanização do personagem Charlie e o reforço de estereótipos explícitos são outras críticas, e o filme tem sido taxado como gordofóbico

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A forma como ‘A Baleia’ filma esse corpo gordo caminhando,  comendo e existindo é da maneira mais animalesca e desumanizada  possível, reforçando certas construções bem problemáticas, de um jeito  que é feito basicamente pelo choque estético e visual

Renan Guerra, jornalista de cultura

Sair do cinema tendo a certeza de que pessoas só são gordas porque comem  demais, que pessoas gordas escolhem ficar isoladas e que pessoas gordas  não querem se cuidar, pode ser a consequência de ter uma história fictícia criada por pessoas magras

Naiana Ribeiro, jornalista e ativista

Brendan Fraser defende que trabalhou com a Coalizão de Ação sobre Obesidade (Obesity Action Coalition) e consultou pessoas que passaram por cirurgia para perda de peso

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