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Filtro do TikTok reaquece debate sobre os distúrbios de imagem
O crescente número de cirurgias plásticas vem levantando um debate sobre distúrbios de imagem na sociedade contemporânea
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Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), foram feitas 1.306.962 intervenções cirúrgicas estéticas no Brasil em 2023, contra 459 mil entre 2007 e 2008
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De acordo com a Brazilian Association of Plastic Surgeons (BAPS), um dos vilões de doenças e distúrbios de imagem são as redes sociais
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Um estudo da BAPS mostrou que as mídias sociais agravam um problema que atinge mais de 4 milhões de brasileiros de 15 a 30 anos: o transtorno dismórfico corporal
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Esse distúrbio faz com que as pessoas tenham um foco obsessivo em características que consideram inadequadas para sua aparência. Dessa forma, elas perdem a capacidade de reconhecer de forma realista a beleza do seu corpo
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Recentemente, o TikTok criou um filtro chamado “My New Twin”, que vem sendo chamado de “galã de novela”, por transformar o rosto do usuário em uma imagem de modelos
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De acordo com a cirurgiã plástica Dra. Heloise Manfrim, sócia-fundadora da BAPS, filtros de redes sociais vem tendo um papel que agrava distúrbios de imagem como o transtorno dismórfico corporal
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Hoje, está sendo muito comum principalmente por influência dos filtros dos aplicativos como Instagram e Snapchat ou até mesmo pelo photoshop que hoje faz com que o culto à aparência acabe massacrando as peculiaridades dos corpos reais, das vidas reais, de pessoas reais. Muitos pacientes chegam ao consultório buscando alterar tantos pontos da aparência e é necessário identificar esses distúrbios para o encaminhamento correto ao psiquiatra”
Heloise Manfrim, cirurgiã plástica
A médica também afirmou que é comum que distúrbios deste tipo aconteçam entre a infância e o início da fase adulta
Nessa fase da vida, a autoestima ainda depende muito de uma boa aparência, logo, aparecer bem nas selfies torna-se quase que uma obrigação. Há também o desejo de receber ‘likes’ e obter mais ‘seguidores’ nas mídias sociais, já que os adolescentes pensam nisso como sua posição social. No total, esses fatores motivam muitos jovens a querer se submeter à cirurgia plástica”
Heloise Manfrim, cirurgiã plástica
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