Desigualdade de gênero sobrecarrega mães e impacta desenvolvimento de crianças

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A sobrecarga materna não é novidade para quem tem criança em casa. Segundo a PNAD Contínua, do IBGE, as mulheres ainda dedicam mais que o dobro do tempo que os homens cuidando da casa e de pessoas. Por semana, são 23,1 horas, contra 11,7 dos homens

August de Richelieu/Pexels

O relatório “Esgotadas: empobrecimento, a sobrecarga de cuidado e o sofrimento psíquico das mulheres”, da ONG Think Olga, mostra que 86% das mulheres ouvidas na pesquisa consideram que têm uma carga de responsabilidade muito grande

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Uma em cada seis mulheres sofrem de ansiedade, de acordo com o mesmo levantamento. Insegurança financeira e as duplas ou triplas jornadas são os dois principais fatores de pressão sobre a saúde mental feminina

Keira Burton/Pexels

Quando a gente fala de sobrecarga materna, normalmente a gente tá falando de uma mulher que é responsável por todo esse cuidado com a criança. Além da casa, além de várias outras situações ao redor dela. A qualidade desse cuidado com a criança tende a cair. O tempo de vínculo tende a cair. A irritabilidade da mãe tende a aumentar

Elisama Santos, psicanalista

Elisa Altafim é psicóloga, mestre em psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, e estuda as práticas parentais. Para ela, a sobrecarga acaba impedindo que a mãe tenha interações de qualidade com a criança

Freepick

Todos os especialistas ouvidos para a reportagem concordam em um ponto: é preciso uma rede de apoio que vá além da avó ou da babá

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