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A cada quatro horas, uma pessoa negra foi morta pela polícia brasileira ao longo de 2022. É o que indica o relatório “Pele Alvo: a bala não erra o negro”, divulgado pela Rede de Observatórios nesta quinta-feira (16)
Marcello Casal Jr./Agência Brasil
De acordo com o boletim, que monitora a letalidade policial em oito estados, dos 3.171 registros de morte com informação de cor/raça declaradas, negros somam 87,35%, um total de 2.770 pessoas
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Os dados foram obtidos junto a secretarias estaduais de segurança pública de Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo via Lei de Acesso à Informação (LAI)
Rovena Rosa/Agência Brasil
Como nos estudos anteriores, o novo monitoramento da Rede de Observatórios da Segurança demonstra o alto e crescente nível da letalidade policial contra pessoas negras
garetsvisual/Freepick
A Bahia lidera tanto em número de pessoas negras mortas por agentes policiais, ao todo foram 1.465, quanto no percentual de pretos e pardos mortos considerando a população de outras cores/raças, 94,76% do total de óbitos
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Em quatro anos de estudo, um segundo fator nos causa grande perplexidade: mais uma vez, o número de negros mortos pela violência policial representar a imensa maioria e a constância desse número, ano a ano, ressalta a estrutura violenta e racista na atuação desses agentes de segurança nos estados, sem apontar qualquer perspectiva de real mudança de cenár
Silvia Ramos, cientista social e coordenadora da Rede de Observatórios