Uso excessivo de bombinha pode aumentar risco de crise de asma

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Um estudo publicado recentemente mostrou que o uso excessivo e inadequado de um tipo de bombinha para asma pode aumentar o risco de reações graves da doença, trazendo prejuízos à saúde

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A conclusão foi feita após a análise de dados coletados nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, em serviços públicos e privados

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Esse é o primeiro estudo a analisar as práticas de prescrição de SABA (beta2 agonista de curta duração), um tipo de bombinha composta por broncodilatador inalatório de curta duração indicada para o alívio rápido dos sintomas da asma

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Esse tipo de bombinha não deve ser indicado para o tratamento da doença a longo prazo. No entanto, o estudo mostrou que existe uma prescrição excessiva desse tipo de tratamento no Brasil

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Esse excesso de prescrições pode estar relacionado à piora do quadro de asma em pacientes, levando à necessidade do uso de corticosteroides orais — que podem causar efeitos colaterais e riscos à saúde à longo prazo

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A questão problemática é o uso inadequado enquanto forma de tratamento da asma. Essas bombinhas compostas apenas de broncodilatadores não servem para tratar a doença, mas, sim, para aliviar os sintomas apenas em momentos de crise

Marcelo Rabahi, professor de pneumologia da Faculdade de Medicina da UFG (Universidade Federal de Goiás)

O tratamento a longo prazo deve ser feito com o uso de bombinhas com corticoides inalatórios, que podem, ou não, estar associados aos broncodilatadores de longa duração

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