O que muda com a decisão  do STF sobre tratamento de pessoas trans no SUS

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O Supremo Tribunal Federal formou maioria para obrigar o Ministério da Saúde a garantir atendimento médico e tratamento adequado de travestis e pessoas transgênero no Sistema Único de Saúde

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A decisão gira em torno de dois pontos principais. O primeiro é  que a identidade de gênero deve  ser respeitada nos atendimentos

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O segundo é que as necessidades biológicas e fisiológicas precisam ser atendidas, sobretudo em relação aos direitos sexuais e reprodutivos

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Consultas de ginecologia, obstetrícia e urologia, por exemplo, devem ser marcadas sem obstáculos burocráticos que possam causar constrangimento ou atrasos

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O STF também determinou que todos os sistemas de agendamento de consultas e exames do SUS  sejam atualizados e adaptados para contemplar pacientes transgênero

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Trata-se de questão de saúde pública que não comporta tergiversações: deve ser garantida à população LGBTQIA+ o pleno e irrestrito acesso às políticas públicas de saúde ofertadas pelo Estado em condições de igualdade com todo e qualquer cidadão brasileiro

Gilmar Mendes,  relator