Mulher que ficou presa injustamente por 43 anos é libertada nos EUA

Equipe Jurídica Sandra Hemme

Sandra Hemme, que ficou presa injustamente por 43 anos, foi libertada no estado do Missouri, nos Estados Unidos, após a anulação de sua condenação por assassinato

CC BY 2.0 via Wikimedia Commons

Hemme, de 64 anos, cumpria pena de prisão perpétua pela morte de Patricia Jeschke, funcionária de uma biblioteca, em 1980

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Em junho deste ano, um juiz decidiu que a defesa apresentou provas claras e convincentes da inocência da acusada

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Nenhuma testemunha ligou a sra. Hemme ao assassinato, à vítima ou à cena do crime. Ela não tinha motivo para machucar a sra. Jeschke, nem havia nenhuma evidência de que as duas tivessem se conhecido

Declaração dos representantes de Hemme publicada no site "Innocence Project"

Segundo os advogados, as “únicas evidências” foram “suas próprias confissões falsas e não confiáveis”, pois foram feitas enquanto Hemme era tratada em um hospital psiquiátrico e medicada “à força”

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Há indícios ainda de que o Departamento de Polícia de St. Joseph, cidade onde ocorreu o crime, teria escondido evidências que incriminavam um de seus agentes

Reprodução/stjosephmo.gov

O advogado do julgamento teve um desempenho deficiente ao não apresentar evidências prontamente disponíveis que estabelecessem a condição psiquiátrica prejudicada da sra. Hemme, medicação pesada e efeitos colaterais físicos e mentais que ela sofreu durante seus interrogatórios, e que a sra. Hemme foi prejudicada pela inação do advogado de julgamento

Ryan Hosman, juiz do caso

Dado que as suas declarações eram a única prova que a ligava a este crime, a falha do advogado em apresentar provas que teriam permitido ao júri concluir que ela era incapaz de compreender ou incapaz de relatar de forma fiável a seus interrogadores privou-a de um pilar central da sua defesa

Ryan Hosman, juiz do caso

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