Estamos mais doentes após a pandemia de Covid-19? Especialistas analisam surtos de infecções

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No início de 2024, a OMS alertou para o aumento de casos de sarampo no mundo. O crescimento das notificações de coqueluche no Brasil é outra questão que preocupa o Ministério da Saúde

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Também em 2024, as mortes associadas à dengue registraram números históricos no Brasil, com um aumento significativo nos casos confirmados em comparação a 2023

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Apesar disso, o aumento de infecções não é um fenômeno exclusivo do Brasil. Uma análise mostrou que, em 44 países ou territórios, pelo menos uma doença infecciosa causou um surto dez vezes maior em comparação com números pré-pandemia da Covid-19

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O levantamento reuniu dados de mais de 60 organizações e agências de saúde de diferentes partes do globo. Os surtos registrados foram de 13 doenças transmissíveis, incluindo gripe, sarampo, poliomielite, dengue e tuberculose

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De acordo com Alexandre Naime, infectologista e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologista (SBI), não existe nenhuma evidência científica de que estamos ficando mais doentes após a pandemia de Covid-19

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“Porém, existem reflexos decorrentes de ações que foram acontecendo na pandemia”, explica. É o caso da queda da cobertura vacinal para doenças já erradicadas. O fenômeno, que vinha ocorrendo desde 2018, foi significativo no período pandêmico

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“No período de pandemia, devido à disseminação de fake news, houve uma adesão à pauta anti-vacina, o que afetou não só a vacina contra Covid-19, mas toda a cobertura vacinal”, afirma Naime

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Além disso, a desconfiança na vacinação pode ter relação com a falta de percepção de risco das doenças, na visão de Rosana Richtmann, infectologista e consultora em vacinas de uma rede de serviços de saúde

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“Isso é algo realmente preocupante e há muita divulgação de notícias falsas que fazem com que o cidadão comum não conheça a ciência e a verdade, o que gera dúvida sobre a eficácia e segurança da vacina”, acrescenta

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O isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 para tentar conter a transmissão do vírus também pode ter sido um fator relacionado ao aumento dos casos de outras infecções respiratórias ou que são transmitidas pelo contato

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“Isso pode ser observado, principalmente, nos casos de infecção por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) que, durante a pandemia, quase desapareceram, e, agora, voltaram a crescer”, afirma Naime

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Para Richtmann, a melhor forma de melhorar a imunidade é a vacinação. “As vacinas conferem imunidades próprias para doenças específicas”, afirma

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