Autismo: entenda os diferentes níveis, subtipos e as formas de tratamento

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Existem no Brasil, atualmente, 36 mil alunos com autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), segundo dados oficiais do Censo Escolar 2023

Marlon Romanelli/Pixabay

O número de matrículas de pessoas com autismo no país quase dobrou de 2022 para 2023. Apesar do aumento, ainda há falta de desenvolvimento de intervenções personalizadas baseadas no perfil único de cada indivíduo com TEA

Grégori Bertó/Palácio Piratini

Segundo o psicólogo especialista em Transtorno do Espectro Autista, Fábio Coelho, explica que o distúrbio não deve ser considerado como “uma coisa só”. É fundamental entender que existem várias singularidades do transtorno

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O TEA é um distúrbio que se caracteriza pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, interferindo assim na capacidade de comunicação, linguagem e traços comportamentais do indivíduo

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Níveis de autismo Os três níveis de autismo, conforme definidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, classificam o Transtorno do Espectro Autista de acordo com a necessidade de suporte que o indivíduo demanda para suas atividades diárias e sociais

Evandro Leal/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Nível 1 Este nível é considerado o mais leve dentro do espectro autista. Indivíduos diagnosticados aqui têm uma maior independência, mas apresentam dificuldades significativas nas interações sociais e algum grau de rigidez comportamental

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Nível 2 Apresenta desafios maiores nas habilidades sociais e de comunicação, além de um padrão de comportamento mais rígido e repetitivo. Apresentam dificuldades severas em se ajustar a mudanças e interagir de forma espontânea com outras pessoas

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Nível 3 Nível mais severo do espectro, com deficiências graves na comunicação e nos comportamentos adaptativos. Indivíduos nesse nível possuem dificuldade acentuada tanto na interação social quanto no controle de comportamentos repetitivos e restritos

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Uma pesquisa desenvolvida pela Brain & Behavior Research Foundation publicada na revista Nature em março de 2023, classificou o Transtorno do Espectro Autista ainda em quatro subtipos, a partir dos níveis apresentados anteriormente

Athima Tongloom

Subtipo 1 Indivíduos que lidam bem quando estão inseridos em grupos e não apresentam hábitos comuns, como agitação das mãos

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Subtipo 2 Já o outro subtipo apresenta pessoas que não possuem um comprometimento social acentuado, mas que apresentam mais comportamentos repetitivos

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Subtipo 3 Inclui indivíduos com severo comprometimento social e comportamento repetitivo, que apresentam uma perda significativa de habilidades previamente adquiridas

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Subtipo 4 Engloba pessoas com comprometimento social e comportamentos repetitivos, mas que não se encaixam claramente em outras categorias e não possui um comportamento uniforme

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A intervenção adequada no TEA se caracteriza por intervenção precoce de forma individualizada, por meio de terapias que visam potencializar o desenvolvimento do aprendiz

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As terapias com maior evidência de benefício são baseadas na ciência da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), abordagem que envolve a avaliação, planejamento e orientação do comportamento, associada à terapias auxiliares, como fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outras. Outras abordagens devem ser orientadas de acordo com cada caso individual [...]

Fábio Coelho, psicólogo e sócio-diretor da Academia do Autismo