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Uma noção que herdamos de grandes cientistas do passado, a de que o olfato é um sentido sem importância para os seres humanos, foi contestada por pesquisadores do Instituto de Ciências Weizmann, de Israel
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Eles descobriram que as pessoas que nascem com anosmia, uma condição sensorial caracterizada pela perda total ou parcial do olfato, respiram de forma diferente daquelas que têm olfato
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Isso significa que, se os padrões respiratórios são mesmo impactados pelos cheiros, uma série de problemas de saúde hoje associados à anosmia são, na verdade, causados por padrões alterados do fluxo de ar nasal, diz o estudo publicado na revista Nature
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Se, por um lado, o olfato é referido como resquícios de comportamentos primitivos por cientistas como Charles Darwin e Sigmund Freud, estudos associam a sua ausência à depressão, sentimentos de isolamento social e até morte prematura
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Para testar a hipótese de que o fluxo de ar respiratório nasal pode ser alterado na anosmia, os autores aplicaram um dispositivo vestível nas narinas dos participantes, que registra o fluxo de ar nasal em sessões de 24 horas
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Os voluntários foram divididos em dois grupos: um de 21 pessoas com anosmia congênita isolada, e um grupo controle com 31 pessoas “normais”, no caso normósmicas
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Durante as 24 horas do dia, os participantes usaram o dispositivo durante suas rotinas do dia a dia, inclusive trabalho e outras atividades físicas, tendo apenas o cuidado de registrar em um diário os horários de sono e vigília
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No dia seguinte, eles retornaram ao laboratório, onde os dispositivos foram removidos e os dados baixados. As análises concluíram que os participantes com o olfato ativo fizeram mais inspirações nasais durante a respiração do que os com anosmia (sem olfato)
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Além dos dados obtidos dos vestíveis, os autores também observaram que os anósmicos pausavam mais suas respirações e, por isso, tinham menos expirações (saídas de ar do pulmão) quando comparados aos que sentem cheiros
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Outra observação importante foi que, durante o sono, os participantes saudáveis tinham um pico maior de inalações de ar por minuto
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Apesar de trazer indícios robustos de que pessoas sem olfato respiram de forma diferente, o estudo ainda é muito limitado, afirmam os autores em um comunicado de imprensa
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