Brasileira investiga impacto de antidepressivos e ansiolíticos na vida aquática

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Cerca de 11,7 milhões de brasileiros vivem com depressão, o que equivale a 5,8% da população brasileira, de acordo com o último mapeamento sobre a doença feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

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Não à toa, o uso de antidepressivos e ansiolíticos também tem aumentado nos últimos anos na região. De acordo com um estudo conduzido pela empresa especializada Sandbox, estima-se que o número subiu em 18,6% no país entre 2022  e 2024

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Diante desse cenário, a pesquisadora Raquel Aparecida vai investigar o impacto deste aumento nos organismos de ecossistema aquático

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Desde o início da sua carreira acadêmica, Raquel possui uma linha de pesquisa voltada para avaliação dos impactos de ações antrópicas, ou seja, associadas às atividades humanas, em ecossistemas diversos

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No último ano, eu acabei tendo contato com um grupo de pesquisadores de diferentes regiões do mundo que começaram a se questionar sobre possíveis efeitos do aumento do uso de fármacos nos ecossistemas, principalmente os psicoativos, como ansiolíticos e antidepressivos, principalmente na época da pandemia e pós-pandemia

Raquel Aparecida, pesquisadora

“Aqui, além da questão do descarte incorreto dos medicamentos, esses compostos [presentes em psicoativos] não são retidos nas estações de tratamento de água residual", diz Raquel

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Em resumo, o objetivo da pesquisa é entender como os compostos residuais desse tipo de medicamento pode alterar o comportamento social de animais aquáticos

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Raquel explica que, no Brasil, ainda existem poucos dados sobre como esse tipo de medicamento está presente no ambiente aquático — e que seu trabalho poderá ajudar a ampliar essa informação

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