Contos de fadas: por que é importante adotá-los nas escolas?

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Os contos de fadas, também conhecidos como contos maravilhosos, são narrativas que circulam em culturas diversas desde tempos longínquos em que ainda não existia a escrita. A oralidade era o recurso para a transmissão e preservação de histórias, fatos e experiências

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O que chamamos hoje de contos de fadas são histórias populares medievais que sofreram adaptações na passagem da versão oral ao registro escrito. Houve um trabalho de suavização dos enredos com teor violento e político a fim de adequá-los à sensibilidade das crianças, que passaram a ocupar um novo papel na sociedade a partir do século XVIII

Francisco Thiago Camêlo da Silva, docente da área de Literatura Infantil e Juvenil da FFLCH-USP

Contos de fadas como “Chapeuzinho Vermelho”, “João e Maria” e “Cinderela” são fundamentais para o desenvolvimento psíquico na infância e, por isso, são um recurso pedagógico comum nas escolas

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Por meio da representação de embates entre personagens inocentes e frágeis com seres poderosos e malignos, essas narrativas abordam problemas emocionais, dramas subjetivos e questões da psiquê humana absorvidos pela criança de forma simbólica

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A ficção ajuda a criança a lidar com medos, emoções tidas como negativas, perdas e até o receio de crescer ou de perder o amor dos pais

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Além de ouvir as narrativas e adotar os contos de fadas, incentivar as crianças a representá-los na escola – em cenas de teatro ou vestindo fantasias – também é importante

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As crianças ainda podem colocar a mão na massa e participar ativamente da escrita dos roteiros teatrais e da elaboração dos cenários e fantasias. Tais tipos de representação podem potencializar a estesia, ou seja, a capacidade de percepção das experiências e sentimentos humanos que se encontram encapsulados nos contos de fadas

Paulo César Ribeiro Filho,  professor de Literatura Infantil e Juvenil na FFLCH-USP

No ponto de vista de Paulo César, é mais interessante, entretanto, oferecer à criança o acesso aos livros de contos de fadas antes de suas adaptações para as telas – como as animações e os consequentes longas live action da Disney

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Ele ainda chama a atenção para a relevância de se trabalhar com as versões originais dos clássicos (na linguagem conforme a faixa etária, obviamente) em vez de optar por reescrituras que eliminam elementos considerados tabus pelos adultos – como abandono, morte e fome

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