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Talvez você queira dedicar tempo a hobbies ou sair com amigos, mas nada parece tão emocionante e envolvente como antes — então você simplesmente desperdiça mais uma hora nas redes sociais. Seu problema pode estar relacionado aos seus níveis de dopamina
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Em muitas partes do mundo, as pessoas são alimentadas com mídias, atividades e alimentos que podem causar um aumento na dopamina e desequilibrar o sistema, o que pode afetar sua saúde mental, diz Anna Lembke, professora de psiquiatria e ciências na Universidade de Stanford
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A dopamina é uma substância química que produzimos em nosso cérebro. Especificamente, é um neurotransmissor. Neurotransmissores permitem uma regulação precisa dos circuitos elétricos
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A dopamina tem muitas funções, mas, nos últimos 75 anos, ela foi identificada como um ator-chave no prazer, recompensa e motivação
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Ela desempenha um papel central na fenomenologia do vício. O vício é uma doença cerebral onde há desregulação em uma via de recompensa específica, um circuito específico no cérebro, e a dopamina desempenha um papel crítico na via de recompensa do cérebro
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As substâncias e comportamentos altamente recompensadores que projetamos e aos quais temos acesso agora estão sobrecarregando o sistema. Eles liberam tanta dopamina de uma vez na via de recompensa que o cérebro tem que se adaptar ou compensar
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Segundo Lembke, precisamos cada vez mais desses reforçadores para sentir qualquer prazer, e, quando não estamos usando, estamos disfóricos, irritadiços, não conseguimos dormir
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Para tratar o déficit de dopamina, Lembke recomenda um teste de abstinência de 30 dias, coloquialmente chamado de “jejum de dopamina”, da droga de escolha. Não de todas as recompensas, mas apenas da substância ou comportamento problemático para ver quão difícil é parar
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Não se trata de não ter prazer na vida; trata-se de reequilibrar para que os prazeres simples sejam gratificantes novamente. Isso não acontecerá se as pessoas estiverem constantemente se entregando a essas recompensas fáceis, de alta potência e sem atrito
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