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Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram mostrar que o processo de resistência à insulina no cérebro tem efeitos tanto sobre a doença de Alzheimer quanto sobre a epilepsia e pode ser um fator de ligação entre as duas doenças
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O trabalho corrobora evidências clínicas de que pessoas com epilepsia tendem a apresentar maior risco de desenvolver doença de Alzheimer ao longo do envelhecimento. Também não é raro que pacientes com doença de Alzheimer apresentem crises convulsivas
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Alzheimer é uma doença neurodegenerativa complexa e multifatorial que ainda não tem cura ou causa definida
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Uma hipótese inclui a diminuição da acetilcolina, um neurotransmissor essencial para a memória, e a neuroinflamação, que compromete a comunicação entre os neurônios e pode ser desencadeada pelo acúmulo de peptídeos amiloides no cérebro
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Além disso, a hiperfosforilação da proteína Tau, segundo principal biomarcador da doença de Alzheimer, leva à formação de “emaranhados” dentro das células cerebrais, afetando seu funcionamento e contribuindo para a progressão da doença
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Outra hipótese para explicar o surgimento do Alzheimer, destacada por Garcia-Cairasco, é de que o processo de resistência cerebral à insulina levaria a danos neuronais e à plasticidade sináptica defeituosa em uma área cerebral denominada hipocampo
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A resistência à insulina cerebral poderia, até mesmo, comprometer a função colinérgica e aumentar a probabilidade de neuroinflamação e neurodegeneração, desencadeando a produção e o acúmulo de proteínas beta-amiloide e Tau nos tecidos cerebrais
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Já a epilepsia abrange um grupo de transtornos caracterizados por crises (convulsivas ou não) recorrentes e espontâneas, com maior prevalência na infância e em adultos mais velhos
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Entre os diferentes fatores desencadeadores das crises está a baixa concentração de açúcar no sangue (hipoglicemia). A causa da doença pode ser também genética ou relacionada a trauma cerebral, distúrbios autoimunes, problemas metabólicos e doenças infecciosas
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O estudo é um dos primeiros a mostrar uma ligação direta entre a resistência à insulina cerebral e a elevada suscetibilidade a crises convulsivas
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Para chegar a esses resultados, os pesquisadores descobriram que ratos microinjetados intracerebralmente com estreptozotocina – uma substância química utilizada para induzir a doença de Alzheimer experimentalmente – também apresentavam características de epilepsia
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