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A meditação é uma técnica que, por muito tempo, foi associada à espiritualidade. Porém, ela pode gerar transformações profundas no cérebro, fazendo com que a ciência passasse a enxergá-la como uma aliada poderosa para a saúde e bem-estar
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De acordo com o psicanalista Jarbas Caroni, especialista em Neurociência do Comportamento e Programação Neurolinguística, a prática regular da meditação “transforma o cérebro de maneira profunda e mensurável”
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No campo emocional, há melhora da estabilidade afetiva e redução da impulsividade, principalmente em situações estressantes
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Já no aspecto cognitivo, funções como atenção, clareza mental e tomada de decisões são fortalecidas — resultado da neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões neurais
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Além disso, a meditação reduz a atividade da amígdala cerebral, estrutura associada ao medo e à ansiedade, tornando o cérebro mais resiliente diante dos desafios do cotidiano
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No que diz respeito à saúde do coração, a técnica atua em diferentes mecanismos, conforme explica o cardiologista Marcelo Bergamo
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“A meditação diminui a liberação de noradrenalina e de adrenalina, hormônios relacionados ao estresse e que aceleram o coração e contraem os vasos sanguíneos. Ela também estimula o chamado nervo vago, que promove o relaxamento e a recuperação do coração”, diz Bergamo
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Outro ponto importante é o papel da meditação na modulação de processos inflamatórios no organismo. A prática regular reduz a liberação de substâncias inflamatórias
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A meditação também estimula a produção de óxido nítrico, substância que dilata os vasos e melhora a circulação.
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Segundo Bergamo, evidências científicas apontam para uma redução significativa nos riscos de infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e outras complicações cardiovasculares entre praticantes da meditação
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