Cabelo humano traz novas pistas sobre sistema de escrita do Império Inca

Divulgação/Universidade de St. Andrews

Maior civilização das Américas pré-colonização, o Império Inca é alvo de um estudo arqueológico que rendeu uma descoberta extraordinária sobre as práticas de registro de informações

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Datado há mais de 500 anos, o artefato conhecido com quipu apresenta um complexo sistema de armazenamento de informações, elaborado a partir de um emaranhado de cordões e nós, que reunia dados sobre assuntos diversos - desde o registro de bens materiais a eventos astronômicos

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Acreditava-se, com base em descrições de cronistas espanhóis, que pouquíssimas pessoas no Império Inca sabiam produzir quipus

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A função era restrita a apenas alguns burocratas de alto escalão

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A principal novidade, no entanto, é que, ao contrário de outros exemplares já relatados, esta espécime chama a atenção pela composição do cordão principal: cabelo humano

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Isso porque, usualmente, os quipus eram constituídos por lã de lhama ou alpaca

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A inédita versão do sistema de escrita indica, portanto, que a tarefa de registrar informações, até então considerada um privilégio da elite, também fora desempenhada por plebeus, pessoas comuns da sociedade Inca

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O quipu em questão, uma mecha de 104 centímetros de cabelo humano, dobrada e torcida, datada de 1498 d.C., foi adquirido pela Universidade de St. Andrews, na Escócia

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Em um texto divulgado no site da instituição, a pesquisadora Sabine Hyland, que liderou a análise química, ressalta que o material continha um profundo significado simbólico no mundo andino e carregava "essência" de quem o manufaturava

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