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Cientistas investigam se os dinossauros de pescoço comprido, como o Brachiosaurus de "Parque dos Dinossauros", eram capazes de se levantar sobre duas pernas
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Um estudo recente, liderado por um pesquisador da Unesp (Universidade Estadual Paulista), usou simulações digitais para desvendar um mistério que intriga paleontólogos há anos
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No imaginário popular, os saurópodes — grupo de dinossauros que inclui os carismáticos "pescoçudos" — são sinônimo de imponência. O fato é que, apesar de sua fama em filmes e livros infantis, a maneira como esses gigantes se moviam ainda é um enigma para a ciência
Richard Mortel/Wikimedia Commons
No caso de dinossauros como o Tiranossauro Rex, temos aves como o avestruz, que são parentes próximas, e isso nos ajuda a entender como eles andavam. Para os saurópodes, não existe nenhum modelo vivo
Julian C. G. Silva Júnior, pesquisador de pós-doutorado no Laboratório de Paleontologia e Evolução da Unesp
Em sua pesquisa, Silva Júnior buscou responder uma questão antiga: esses animais, que incluem os maiores a já terem existido na Terra, seriam capazes de adotar uma postura bípede, levantando-se sobre as patas traseiras?
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Os resultados do estudo, publicados na revista científica Paleontology, sugerem que todas as espécies de saurópodes seriam capazes de se levantar sobre as patas traseiras. No entanto, a facilidade variava drasticamente
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O Neuquensaurus, de menor porte, apresentou menor estresse no fêmur e mais facilidade em se sustentar na posição. Já o colossal Dreadnoughtus enfrentava um estresse aproximadamente 16 vezes maior sobre o osso, indicando que a postura bípede seria um esforço muito maior para ele
PaleoNeolítico/Wikimedia Commons
A necessidade de se erguer sobre duas pernas faria sentido no contexto do Período Cretáceo. A vegetação dominante, como as araucárias, podia chegar a mais de 40 metros de altura, exigindo que até os maiores dinossauros se esticassem para se alimentar
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A pesquisa de Silva Júnior é um primeiro passo para criar um modelo biomecânico completo e detalhado desses gigantes. A falta de um animal vivo com características comparáveis aos saurópodes torna a investigação ainda mais fascinante
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