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As ondas de calor provocadas pelas mudanças climáticas estão mais intensas, e desafiam mecanismos do corpo que regulam a temperatura. No calor, o organismo transpira, aumenta o fluxo sanguíneo para a pele e altera os balanços de fluidos corporais para tentar nos resfriar
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Entretanto, alguns medicamentos comumente prescritos para condições crônicas de saúde interferem nesses processos, dificultando a manutenção da temperatura corporal saudável
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“Nessas ondas de calor, há um aumento muito grande de mortalidade de pessoas idosas, de pacientes portadores de doenças crônicas e de crianças na primeira infância. São os chamados grupos vulneráveis ao calor extremo”, relata o médico clínico Henrique Grunspun
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Nas ondas de calor extremo, quando as temperaturas ficam acima de 5 °C da média de máximas da região por quatro dias seguidos, há o risco de pacientes do grupo vulneral sofrerem hipertermia. Isso ocorre quando a temperatura corporal fica acima de 40ºC e aumenta o risco de desenvolver um colapso neurocirculatório por calor. Essa condição é muito grave e de alta mortalidade
Henrique Grunspun, presidente do Centro de Bioética do Einstein Hospital Israelita
A lista de fármacos que prejudicam a termorregulação inclui diversas medicações. Entre elas estão os remédios diuréticos, muito usados no tratamento da pressão alta e de problemas no rim, mas que podem aumentar a sensibilidade a altas temperaturas
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Já os medicamentos para controlar a pressão arterial, usados para tratar várias condições cardíacas, podem causar a redução da sensação de sede, tornando os pacientes mais propensos à desidratação. Eles ainda reduzem a capacidade de dilatação dos vasos sanguíneos
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Pessoas que sofrem com diabetes também podem ter problemas em dias muito quentes. A metformina e os inibidores SGLT2 geram mais risco de desidratação por aumentarem a perda de líquidos do corpo, tornando os sintomas precoces da hipertermia mais difíceis de detectar
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E alguns remédios, por si só, aumentam a temperatura corporal. É o caso dos anticolinérgicos, usados no tratamento da doença de Parkinson, que podem elevar em até meio grau a temperatura corporal média
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Os estimulantes usados nos transtornos de atenção também aumentam a temperatura corporal, entre eles a quetiapina
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Esses efeitos, porém, não devem servir como motivo para interromper qualquer tratamento. Sobretudo quando não há uma recomendação médica nesse sentido
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