Paracetamol na gravidez não causa autismo, diz novo estudo

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Um novo estudo científico reforça o que evidências anteriores já haviam mostrado: não existe ligação clara entre o uso de paracetamol durante a gravidez e o desenvolvimento de autismo ou TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)

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A publicação no British Medical Journal é feita após o presidente Donald Trump ter afirmado que existe uma relação entre paracetamol e autismo sem apresentar evidências científicas. A informação chegou a ser desmentida pela OMS e pelo Ministério da Saúde brasileiro

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O paracetamol é o tratamento recomendado para dor e febre na gravidez e é considerado seguro por agências reguladoras no mundo todo. No entanto, alguns estudos que relacionam o medicamento ao autismo e ao TDAH variam em qualidade e não conseguem estimar com precisão os efeitos

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Por isso, os pesquisadores do atual estudo realizaram uma revisão abrangente de revisões sistemáticas para avaliar a qualidade e a validade geral das evidências existentes, assim como a força da associação entre o uso de paracetamol na gravidez e os riscos de autismo ou TDAH

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Eles identificaram nove revisões sistemáticas que incluíram um total de 40 estudos observacionais relatando o uso de paracetamol durante a gravidez e o risco de autismo, TDAH ou outros desfechos de neurodesenvolvimento em bebês expostos

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Todas as revisões relataram uma possível associação entre o uso de paracetamol e o autismo ou TDAH. No entanto, 7 das 9 revisões recomendaram cautela na interpretação dos resultados devido ao potencial risco de viés e ao impacto de fatores não mensurados nos estudos incluídos

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Além disso, a confiança geral nas conclusões das revisões foi baixa (duas revisões) a criticamente baixa (sete revisões)

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"As evidências atuais são insuficientes para estabelecer uma ligação definitiva entre a exposição ao paracetamol durante a gestação e o autismo e o TDAH na infância", afirmam os autores do estudo em comunicado à imprensa

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