POBREZA MENSTRUAL
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Conheça o problema que leva brasileiras a deixarem de estudar
Falta de condição financeira para comprar absorventes e de estruturas sanitárias estão entre as causas do problema batizado de pobreza menstrual e reconhecido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
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A pobreza menstrual, como o nome já diz, tem a ver com pobreza no sentido literal. É caracterizada pela falta de acesso a recursos, infraestrutura e até conhecimento por parte de mulheres para cuidados que envolvam a própria menstruação
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Brena Melo, tociginecologista, afirma que a falta de acesso à água impede uma higiene adequada no período menstrual em qualquer método de absorção do sangue - por absorventes descartáveis, coletores menstruais ou toalhas
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É necessário que haja troca sempre que o absorvente estiver molhado, que os coletores sejam lavados em água corrente e as toalhas, com água e sabão e secas ao sol para evitar a proliferação de bactérias. “Mas como fazer isso sem água?”, questiona
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Meninas novas ficam dependentes de familiares para adquirir absorventes ou outras maneiras de conter o sangue menstrual. Quando a família passa por necessidade financeira, o assunto passa longe de ser prioridade
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Uma pesquisa de 2018 feita por uma marca de absorventes apontou que 22% das meninas de 12 a 14 anos no Brasil não têm acesso a produtos higiênicos adequados durante o período menstrual
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A porcentagem sobe para 26% entre as adolescentes de 15 a 17 anos. Isso propicia a evasão escolar, fazendo com que elas cheguem a perder até 45 dias de aula a cada ano letivo
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