BANCO MUNDIAL

Mercado de trabalho no Brasil pode sofrer por 9 anos com pandemia

Tomaz Silva / Agência Brasil

Em um estudo baseado em crises passadas que aconteceram na região, o Banco Mundial revelou que os impactos negativos da atual crise no mercado de trabalho brasileiro podem durar por nove anos

Reuters / Washington Alves

Segundo a instituição, é mais provável que essas consequências se manifestem por meio de taxas mais altas de desemprego e pela informalidade ao longo dos anos do que por uma redução de salários

Marcelo Camargo / Agência Brasil

Ao passo que alguns trabalhadores se recuperam da perda involuntária de emprego e de outros choques em seus meios de subsistência, outros têm sua vida profissional permanente marcada por essas ocorrências

Trecho do estudo realizado pelo Banco Mundial

A instituição também concluiu que as perdas de emprego formais duram mais em localidades com maiores setores primários, menores setores de serviços e menor número de empresas de grande porte

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Entre as sugestões apresentadas pelo estudo para lidar com o problema estão medidas que previnam a destruição do capital humano e das capacidades das empresas

Tânia Rêgo / Agência Brasil

O principal passo inicial é implementar estruturas macroeconômicas fortes e prudentes e estabilizadores automáticos para proteger os mercados de trabalho de possíveis crises

Trecho do estudo realizado pelo Banco Mundial

Em entrevista à CNN, a economista da instituição e uma das autoras do estudo, Joana Silva, diz que o melhor caminho para resolver esse cenário no Brasil é a aposta em qualificação

Vinicius Low / Unsplash

É importante priorizar o capital humano e entender que alguns empregos vão deixar de existir, mas outros serão criados e precisaremos de mão de obra qualificada para essa transição, que será inevitável

Joana Silva, economista do Banco Mundial

O Brasil tem um sistema de qualificação importante, tem o sistema S, por exemplo, que, nas avaliações internacionais, tem sido encontrado como tendo bastante efeito e apresentado retornos em termos de oportunidades aos trabalhadores

Joana Silva, economista do Banco Mundial

Políticas fiscais e monetárias sólidas, reformas fiscais, programas de apoio à renda, políticas de proteção social e trabalho também são essenciais para minimizar os efeitos da crise nos empregos e salários

Anderson Santos / Unsplash

Também é necessário um impulso inicial à recuperação dos empregos através de apoio à criação de empregos em ritmo vigoroso

Joana Silva, economista do Banco Mundial

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