VAI FALTAR ATÉ CERVEJA?
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Com a pandemia, fabricantes da bebida estão ficando sem garrafas de vidro - e não há expectativa de normalização tão cedo
Setor cervejeiro brasileiro sofre de escassez de garrafas desde o final de 2020
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Mais em casa por causa da pandemia, os brasileiros estão bebendo mais para passar o tempo - mas a indústria não tem conseguido acompanhar
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Desde o final de 2020, as fabricantes de cerveja estão tendo dificuldades para comprar garrafas de vidro para suas bebidas em meio à crise do novo coronavírus
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A produção de garrafas dentro do Brasil chegou a crescer de 6% a 7% no final do ano, mas o aumento foi insuficiente. Segundo relatório do Credit Suisse, essas restrições devem persistir até 2023
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"Mesmo com a suposta desaceleração do consumo em fevereiro, impulsionada por subsídios governamentais mais baixos e o preço mais alto da cerveja, a indústria não foi capaz de construir estoques, o que levou a uma continuação nas restrições de capacidade", diz o relatório
Enquanto a situação não se normaliza, algumas marcas têm importado garrafas, como a Heineken. A gigante holandesa acabou importando de 25% a 30% de suas garrafas em 2020 a preços 40% acima dos domésticos
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Entre as marcas brasileiras, a Petrópolis foi a mais impactada e precisou desviar a sua produção para latas de alumínio
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Já a AmBev, líder no segmento, quase não sofreu com a escassez de garrafas no mercado por conta de sua produção própria: cerca de 44% dos seus recipientes são produzidos pela própria empresa
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Em nota, o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja esclarece que a falta de garrafas é um reflexo do impacto que a pandemia teve na cadeia de insumos e produção de embalagem em diversos setores
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"Especificamente no setor cervejeiro, estamos enfrentando desafios pontuais com alguns insumos inerentes ao negócio, mas buscando junto aos fornecedores soluções para a normalização e menor impacto possível ao processo", diz o texto