Posso usar desenhos da Disney e Pixar como repertório na redação do Enem?

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Edição após edição, a redação do Enem é sempre alvo de especulações - e ansiedade – entre os candidatos. Entre tentar adivinhar o tema que será cobrado e treinar a escrita com argumentações e palavras-chave, é a escolha do repertório sociocultural que mais gera apreensão 

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Com coerência e sabedoria, é possível até mesmo usar animações da Disney ou da Pixar como repertório sociocultural. “E, em muitos casos, isso pode enriquecer bastante o texto”, garante Nayara Antunes, Consultora Pedagógica do SAS Educação

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No fim das contas, o que conta no Enem não é o tipo de repertório, mas como ele é usado. A banca valoriza referências que tenham relação direta com o tema, que estejam bem conectadas à argumentação e que mostrem que o estudante está realmente refletindo sobre o assunto. Isso vale para filmes, séries, músicas, livros e, sim, para animações também

Nayara Antunes, Consultora Pedagógica do SAS Educação

O segredo está na intenção e na profundidade com que a animação é usada. Não adianta citar o filme só de forma superficial: é importante que o estudante consiga tirar dali uma reflexão crítica, um conceito, uma provocação social que dialogue com o tema da redação

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E não basta escrever que “Divertida Mente” (2015) é um filme “fofinho sobre emoções”. O que faz diferença é mostrar como ele traz uma discussão importante sobre saúde mental, o papel das emoções que a gente costuma evitar e sobre o processo de amadurecimento emocional

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A especialista do SAS Educação avisa, porém, que é importante tomar cuidado na hora de usar uma animação como repertório. “Ela não deve entrar só para ‘encher espaço’ no texto. Se não tiver aprofundamento, não funciona. Também é preciso evitar forçar a barra"

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Ela exemplifica que usar “Wall-E” (2008) para discutir o meio ambiente é ótimo, mas o texto fica ainda mais forte se o aluno incluir informações sobre a crise climática ou mencionar a crítica ao consumismo feita pelo filósofo polonês Zygmunt Bauman

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Já com “Vida de Inseto” (1998) dá para puxar uma reflexão sobre consciência coletiva, desigualdade e poder, conectando o filme a temas sociais amplos e atuais

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Rogéro Cassimiro/Educação SP

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