O Carnaval é uma época de muita festa e curtição e, por isso, representa uma oportunidade de interação social mais intensa, que pode vir acompanhada de bastante flerte e beijo na boca. No entanto, para alguns, o ciúme pode ser um grande protagonista da temporada
O ciúme pode transformar a folia em casal em um momento de ansiedade e um cenário para brigas, discussões e até rompimentos
De acordo com especialistas na área da psicologia, para conseguir lidar com o ciúme, e não fazer dele um verdadeiro bloquinho de Carnaval próprio, é necessário entender que, sendo uma questão emocional, o ciúme tem a ver com questões internas do indivíduo
Segundo especialistas, isso tem relação com inseguranças, sentimento de posse e etc. O psicanalista, Marcio Renzo, reforça que o ciúme é uma emoção complexa e pode ser definido como um sentimento de insegurança, ansiedade ou medo de perder algo valioso
Geralmente, está associado a relacionamentos interpessoais, como amorosos, amizades ou até mesmo profissionais. Dentro da psicanálise, o especialista afirma que existem três formas do indivíduo demonstrar esta emoção
“O ciúme natural é quando a pessoa vê o seu parceiro sendo admirado por outra pessoa em alguma situação social. Nesta forma de ciúme é considerado normal, pois é causado por uma situação visível e real. Porém, desaparece rapidamente em alguns casos”, explica
Já o ciúme patológico, de acordo com o psicanalista, acaba sendo uma obsessão. “A pessoa que sofre com esta versão de ciúme procura exageradamente coisas um do outro", completa
"Vigia o parceiro em todos seus movimentos, podendo segui-lo em certos locais, com o objetivo de encontrar alguma coisa que sustente seu ciúme”, explica. A atenção ao ciúme deve começar a partir dos primeiros sinais de ciúme patológico
O diálogo aberto, a confiança mútua e o respeito são fundamentais para lidar com questões de ciúmes, principalmente durante períodos como o Carnaval, ressalta a sexóloga Tamara Zanotelli
“Para dar certo a relação, mesmo em momentos atípicos, como o Carnaval, é essencial que todos os envolvidos se sintam ouvidos e compreendidos, para que possam expressar suas preocupações e encontrar maneiras saudáveis de lidar com a situação”, aconselha
A psicóloga Anne Crunfli afirma que, durante o Carnaval, é importante manter linhas abertas de comunicação com o parceiro ou a parceira. Se algo estiver incomodando, é necessário falar sobre isso de maneira calma e respeitosa
“Antes do início das festividades, converse sobre o que ambos estão confortáveis em relação a interações sociais e flertes. Estabelecer expectativas claras pode ajudar a reduzir a ansiedade”, afirma a psicóloga
Por fim, é importante ressaltar que se a pessoa tem consciência de ter um ciúme patológico, ela precisará buscar ajuda profissional para sair desse estágio e impedir que comprometa a relação e a saúde mental