MUNDO DA ARTE

O preto ‘mais escuro’: como a cor gerou uma rivalidade artística que dura anos

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Em 2016, o escultor Anish Kapoor comprou os direitos artísticos do Vantablack, um material descrito como “a substância mais escura feita pelo homem”

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Mas a licença exclusiva gerou rivalidade com Stuart Semple, um artista britânico que desde então se propôs a “liberar” as cores de propriedade privada

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Seu estúdio lançou o Blink, apresentado como a “tinta preta mais preta” e custa apenas US$ 16 (R$ 86) para competir com Vantablack

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A tinta acrílica “BLACK 3.0” não é tecnicamente mais escura, mas o efeito é o mesmo: objetos cobertos parecem planos a olho nu

Semple, que cresceu fazendo seus próprios pastéis a óleo porque não podia pagar os preços das lojas de arte, disse que o controle de determinada cor é “triste”

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O estúdio de Semple, Culture Hustle, vende materiais com o pigmento que afirma ser o “brilho mais brilhante”

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Um dos seus produtos mais conhecidos é a tinta em pó apelidada de “rosa mais rosa do mundo”, que vinha com aviso proibindo Kapoor de comprá-la

A equipe do estúdio consiste em dois cientistas de cores, bem como centenas de artistas que usam os produtos e oferecem feedback

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Além dos novos produtos, também revisam e aprimoram fórmulas antigas para torná-las ainda mais vivas

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