JAPÃO
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10 anos de uma das piores tragédias do país: terremoto, tsunami e desastre nuclear
Em 2011, os japoneses enfrentaram um terremoto de magnitude 9, o mais forte na história do país, e um dos cinco mais poderosos do mundo, que provocou ondas de dez metros de altura
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Na época, a população foi alertada para o tsunami, mas não houve tempo para se preparar. Em 15 minutos, as ondas gigantes chegaram ao litoral e arrastaram barcos, carros e casas
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Ao todo, a água passou de quatro metros de altura e avançou cidade adentro, por mais de quatro quilômetros, em um cenário totalmente destruído, com cidades inteiras desaparecidas
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O tsunami é formado quando o epicentro do terremoto se dá no oceano, como foi o caso do tremor japonês, que atingiu a costa nordeste do país. O ponto de choque entre as placas tectônicas foi a 130 quilômetros da Península de Ojika
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Segundo dados oficiais, 15.894 pessoas morreram; 2.500 desapareceram e nunca foram encontradas e 230 mil ficaram desabrigadas
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O terremoto e o tsunami de 11 de março de 2011 entraram para a história do Japão como a maior catástrofe do país, depois das bombas de Hiroshima e Nagasaki, em 1945
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Depois do tsunami, a usina atômica de Fukushima foi gravemente danificada pelo tremor e pelas ondas. Houve vazamento de vapor e de água contaminados com material radioativo
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As ondas gigantes invadiram os tanques e espalharam resíduos altamente tóxicos por toda a cidade e 160 mil pessoas tiveram que se abrigar em outros lugares e, mesmo uma década após o desastre nuclear, parte da cidade de Fukushima ainda está abandonada
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Embora o governo tenha financiado a reconstrução da cidade e a empresa que administrava a usina continue pagando indenizações aos atingidos, muita gente não quer voltar para casa
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Uma parte da população japonesa afirma que não quer mais usinas atômicas no país. Mas isso é praticamente impossível, pelo menos hoje. O Japão não tem recursos naturais suficientes para gerar a quantidade de energia que consome
A eletricidade vem da queima de combustível fóssil, e desde a crise do petróleo, em 1979, o governo passou a investir em reatores nucleares, que abastecem 30% do território
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Mesmo que seja arriscada, a energia atômica não gera dióxido de carbono, um dos gases responsáveis pelo efeito estufa, e o Japão concordou em reduzir a poluição atmosférica, como parte de um acordo global contra as mudanças climáticas
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Hoje em dia, o Japão tem 33 reatores em operação, dois deles na Usina de Fukushima. O governo diz ainda que a energia nuclear é um "mal necessário" e, ao longo dos séculos, o desenvolveu uma boa capacidade de reconstrução após alguns desastres ambientais
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