Guerras e crise climática levaram fome a mais de 700 milhões de pessoas, diz ONU
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Cerca de 735 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentaram fome crônica em 2022, um número muito maior do que antes da pandemia de Covid-19 e que ameaça o progresso em direção a uma meta global de acabar com a fome até 2030, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (12)
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Uma tendência de aumento de vários anos nas taxas de fome se estabilizou no ano passado, à medida em que muitos países se recuperam economicamente da pandemia, mas a guerra na Ucrânia e sua pressão sobre os preços de alimentos e energia afetaram alguns desses ganhos
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O resultado é que cerca de 122 milhões de pessoas a mais passaram fome em 2022 do que em 2019 e o mundo está “muito longe” de cumprir a Meta de Desenvolvimento Sustentável da ONU de acabar com a fome até 2030
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“Estamos vendo que a fome está se estabilizando em um nível alto, o que é uma má notícia”, disse Maximo Torero Cullen, economista-chefe da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em entrevista à Reuters
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Os principais impulsionadores da fome global nos últimos anos foram a interrupção dos meios de subsistência causada por conflitos, os extremos climáticos que ameaçam a produção agrícola e as dificuldades econômicas exacerbadas pela pandemia
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Algumas partes do mundo viram a fome diminuir, incluindo a América do Sul e a maioria das regiões da Ásia. Mas no Caribe, na Ásia Ocidental e na África, a fome está aumentando
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