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A tensão entre Estados Unidos e Venezuela continua aumentando, com mais ataques contra barcos no Caribe e do Pacífico, posicionamento de navios de guerra americanos e receio de um ataque contra o regime de Nicolás Maduro
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O presidente Donald Trump justifica as operações nessas regiões citando o tráfico de drogas e alegando o envio de prisioneiros e pessoas em instituições psiquiátricas venezuelanas para os EUA. Não há indícios de que haja uma campanha deliberada de expulsão de ex-prisioneiros
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Nicolás Maduro, por sua vez, disse "não à guerra" e denunciou o que chamou de "golpes orquestrados pela CIA"
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Afinal, o que os Estados Unidos querem na Venezuela? Em entrevista à reportagem, especialistas avaliam que Donald Trump estaria interessado, sim, em uma mudança de regime na Venezuela
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Marcos Sorrilha, professor de história dos EUA na Unesp, pontua que uma mudança no governo da Venezuela representaria uma oportunidade de negócios, tanto em relação ao petróleo quanto à abertura do mercado interno e exploração de outras matérias-primas
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Além disso, ele pondera que há um aspecto ideológico, explicando que Trump toma como "modelo" para sua gestão o ex-presidente William McKinley
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Flavia Loss, professora de Relações Internacionais na Mauá, ressalta que é difícil avaliar os reais interesses dos Estados Unidos, tendo em vista que o governo de Donald Trump é "extremamente midiático"
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"[Trump] trata principalmente a sua política externa de uma forma de espetáculo e tenta sempre fazer com que a política externa tenha algumas ações que o validem como um homem forte, um grande homem da política", destaca
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Sorrilha também vê as ações de Trump na Venezuela como uma tentativa de ganho político interno - uma vez que Maduro é associado ao comunismo e é mal visto pelo público nos EUA, inclusive por democratas. Além disso, o professor chama atenção para a possibilidade de ganho pessoal
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Os especialistas ouvidos pela CNN Brasil também foram questionados sobre a possibilidade de uma intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela
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Flavia Loss afirmou que há essa possibilidade, tendo em vista outras operações secretas da CIA em território latino-americano e em outros lugares do mundo. Ainda assim, pondera que uma intervenção poderia virar "um lamaçal" e ser muito custosa para os EUA
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Marcos Sorrilha também compartilha a visão de que uma ação militar é possível: "Acho que estamos perto de ver uma intervenção direta dos Estados Unidos na Venezuela"
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