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As tempestades "Nor’easters"— chuvas destrutivas que atingem a Costa Leste dos EUA — estão sendo potencializadas pelos efeitos da poluição climática, segundo um novo estudo
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O fenômeno é alimentado pelo contraste de temperatura entre o ar frio do Ártico, vindo do norte, e o ar mais quente e úmido, vindo do Oceano Atlântico. Elas representam uma enorme ameaça para as cidades densamente povoadas da Costa Leste americana
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Uma dessas tempestades foi o "Snowmageddon" de 2010, que derramou mais de 50 centímetros de neve em partes da Pensilvânia, Maryland, Virgínia e Virgínia Ocidental, matando 41 pessoas e deixando milhares sem energia elétrica
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Michael Mann, cientista climático da Universidade da Pensilvânia e um dos autores do estudo, ficou preso em um quarto de hotel na Filadélfia por três dias na ocasião. A experiência despertou sua curiosidade sobre como essas tempestades podem ser afetadas pelo aquecimento global
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Há um consenso geral de que haverá menos tempestades Nor’easters em um mundo mais quente, porque o Ártico está esquentando mais rápido do que o resto do Hemisfério Norte, o que significa que há menos contraste de temperatura
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Mas o que não está claro é o que acontecerá com a intensidade dessas chuvas, que tendem a ser pouco estudadas. Para responder a essa pergunta, os cientistas usaram dados históricos e um algoritmo de rastreamento de ciclones para analisar tempestades Nor’easters entre 1940 e 2025
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Os estudos revelaram que a razão pela qual as tempestades Nor’easters estão se intensificando é "física básica", disse Mann. Oceanos e ar mais quentes significam mais evaporação e mais umidade na atmosfera, que é expelida na forma de chuva ou neve mais intensas
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Os resultados sugerem que o risco de inundações em muitas cidades da Costa Leste dos EUA pode estar subestimado, observou o estudo. Jennifer Francis, cientista sênior do Centro de Pesquisa Climática Woodwell, disse que as descobertas destacam a necessidade de maior preparação na região
Reuters
Michael Mann, cientista climático da Universidade da Pensilvânia
Jennifer Francis, cientista sênior do Centro de Pesquisa Climática Woodwell