Foto: Xavier Granja Cedeño
Esposa do ex-presidente Ollanta Humala, a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia atraiu atenções por obter asilo do Brasil após ser condenada, ao lado do marido, a 15 anos de prisão por suposta lavagem de dinheiro
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Os fundos teriam sido recebidos ilicitamente por ela e pelo ex-presidente da empreiteira brasileira Odebrecht e da administração do ex-líder venezuelano Hugo Chávez, para financiar as campanhas de Humala de 2006 e 2011
Roberto Stuckert Filho
Nascida em Lima, a ex-primeira-dama de 49 anos estudou comunicação social no Peru e fez doutorado em Ciências Políticas na Universidade Sorbonne Nouvelle de Paris. Heredia foi representante legal e presidente do Partido Nacionalista Peruano, fundado por ela e por Humala em 2005
Presidência do Peru
Segundo a revista “Cosas”, para a qual deu entrevista quando primeira-dama e presidente do Partido Nacionalista, ela e o ex-presidente se casaram em 1999, três anos após terem se conhecido. Na época, o político peruano atuava como militar e viajava com frequência
Divulgação/Kremlin
Segundo a reportagem, Heredia é prima da mãe de Humala, o que a torna tia de segundo grau do marido. Ambos foram apresentados como primos, e, no dia seguinte, ela recebeu uma ligação dele, com quem acabou iniciando uma relação. Os dois têm três filhos juntos
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Em 2011, ela obteve 64,2% de aprovação, o maior índice entre integrantes da equipe de Humala. Atuante em atividades e viagens do marido, ela também aparecia em diversos atos sem ele, somente com seus ministros. Uma pesquisa da época a situava como a terceira pessoa mais poderosa do país
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Em 2015, com o marido ainda presidente, ela começou a ser investigada por suspeitas de corrupção contra um ex-assessor do governo preso, Martín Belaunde (foto). Na época, havia suspeitas de que Belaunde teria recebido recursos do governo chavista para financiar a campanha de Humala
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Meses após seu marido deixar o poder no Peru, em 2016, Heredia foi nomeada como diretora do escritório de ligação da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura (FAO) , em Genebra
FAO/Giuseppe Carotenuto
Os promotores acusaram Humala e Heredia de receber US$ 3 milhões em fundos ilícitos da Odebrecht para financiar a campanha de Humala em 2011. Eles argumentaram que o casal poderia fugir ou obstruir seu trabalho, a menos que fosse preso
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