Dois em cada três domicílios chefiados por negros sofrem com a fome no país, segundo pesquisa
Agência Brasil
Dois em cada três domicílios chefiados por negros no Brasil sofrem com a fome, que além de cor, tem gênero: quando uma mulher negra chefia a casa, a situação é ainda pior
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (26) revela que lares chefiados por pessoas negras são duas vezes mais atingidos pela fome que aqueles chefiados por pessoas brancas – e a situação é ainda mais grave quando uma mulher negra comanda a casa
Agência Brassil
Os dados foram obtidos pelo recorte de raça e gênero do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (VIGISAN), pesquisa que teve os primeiros resultados publicados em junho de 2022 – os dados revelaram que o Brasil tem 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer, número agravado pela pandemia de Covid-19
Tony Winston/Agência Brasília
No geral, a pesquisa revela que mais de 60% dos lares chefiados por pessoas autodeclaradas pardas e pretas – a raça negra – sofre com algum tipo de insegurança alimentar no Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil
A insegurança alimentar grave – a fome – atinge mais os lares chefiados por pessoas pretas (20,6%), seguidas de pardos (17%) e brancos (10,6%)
Thought Catalog/Pexels
Quando observamos os casos dos lares chefiados por mulheres pretas, a situação é ainda mais grave: em 70% deles há algum tipo de insegurança alimentar
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Para Kiko Afonso, da Ação da Cidadania, uma das organizações que apoiaram a pesquisa, os dados revelam a permanência do racismo estrutural no país e são, também, manifestação da desigualdade de gênero
Marcelo Camargo/Agência Brassil