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Não gostei do meu prato, e agora?! Chefs contam como lidam com a situação

Especialistas de casas renomadas contam como encaram aquela situação, sempre desconfortável, de pratos devolvidos. Será que o cliente tem sempre razão?

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Quem trabalha em cozinha sabe que faz parte do trabalho lidar com eventuais insatisfações, mas o cliente tem mesmo sempre a razão? Para os chefs ouvidos pela reportagem, depende

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“O cliente pode solicitar a troca de um prato sempre que ele achar que sua execução não está de acordo com a descrição do cardápio ou com alguma especificação do seu pedido, a exemplo do ponto de uma carne”, diz Fellipe Zanuto, responsável pelas casas como Hospedaria e A Pizza da Mooca

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“A gente sempre recebe bem essa questão, sabe que erros acontecem e o cliente tem todo o direito de reclamar, mas há ocasiões em que ele muda de ideia na hora em que recebe o pedido e pede para trocar por outra sugestão. Aí é uma atitude ruim”, pondera

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André Mifano, titular do restaurante Donna, nos Jardins, em São Paulo, pondera que em muitos casos existe uma questão de falta de referência por parte do comensal

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Às vezes ele não conhece muito bem a receita. Já passei por situações em que a pessoa pediu um carbonara, mas esperava algo com bacon e creme de leite. Quando recebeu uma massa feita conforme o original, com guanciale e muita gema, ele voltou o prato por ter gosto de ovo. Precisamos considerar que ninguém tem a obrigação de saber de tudo”

André Mifano, chef do restaurante Donna, em São Paulo

O posicionamento de Mifano é endossado por Luca Gozzani, chef-executivo do Fasano. “Pela filosofia do grupo, sempre se tende a dar razão ao cliente, mesmo que ele não entenda nada do prato em questão”

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Apesar de pouco recorrente, Gozzani diz que acontece de pratos serem mandados de volta à cozinha e que cada caso é um caso

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Nessas situações, a gente identifica se houve efetivamente um erro no sabor ou no cozimento e só aí decide o que fazer.” O mais comum, segundo ele, é pedirem para mudar uma guarnição ou mesmo por algo que não está no cardápio"

Luca Gozzani chef-executivo do Fasano

Já a chef Tássia Magalhães diz que é raro essa situação acontecer, mas quando acontece a equipe do salão está treinada para conversar com o cliente, entender por qual motivo ele não gostou e, independente da razão, sempre oferecer uma nova opção que se adeque mais às expectativas do comensal

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Ela ressalta que é importante ter essa conversa franca para entender se teve um erro na execução, se o prato foi “apresentado” pela equipe de maneira equivocada ou se realmente apenas não agradou o paladar do cliente

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Mifano diz que o trabalho de um cozinheiro é algo “subjetivo”. “Nós criamos pratos para centenas de milhares de pessoas, não para uma pessoa só. Então nosso propósito é um só: fazer comida boa.”

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De acordo com o Procon-SP, o consumidor tem amparo no Código de Defesa do Consumidor para solicitar a troca ou mesmo a devolução do prato

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Isso acontece “caso o estabelecimento sirva algo que não esteja condizente com o que está descrito no cardápio, ou quando as imagens dos pratos nos cardápios ou folhetos seja muito diferente daquilo que foi efetivamente servido”

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