Saul Schramm
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A onça-pintada capturada após atacar e matar o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, em Mato Grosso do Sul, estava significativamente abaixo do peso, levantando questões sobre os possíveis motivos de sua desnutrição
Segundo o professor Gediendson Araújo, especialista em animais de grande porte da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), não é comum que uma onça desse tamanho esteja tão magra, o que levantou suspeitas de que a saúde do animal poderia ter contribuído para o ataque
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O felino, um macho, pesava 94 kg, enquanto o esperado para um animal de seu porte seria cerca de 120 kg, uma diferença de 26 kg. Exames preliminares apontaram que a onça apresentava alto grau de desidratação, deficiência hepática e mau funcionamento dos rins
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O secretário executivo de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Artur Falcette, informou à CNN que o foco inicial da equipe veterinária é hidratar o felino e estabilizar seu estado crítico
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Uma das hipóteses levantadas para o ataque é a possível falta de presas na região, o que poderia ter levado a onça a procurar fontes alternativas de alimento. Um estudo do ICMBio aponta que, em áreas degradadas, onças podem precisar de territórios até 30% maiores para sobreviver
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Estudos apontam que as ações humanas impactaram negativamente a população de onças-pintadas, como a destruição e fragmentação dos habitats e a caça, principalmente a caça de retaliação por proprietários rurais devido a ataques ao rebanho
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Emiliano Ramalho - Instituto Mamirauá
É importante ressaltar que o Pantanal, região onde ocorreu o ataque, é um bioma com alto índice de espécies preservadas. A interação entre produtores rurais e a fauna na região tem um histórico positivo