MÃES DEPUTADAS

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Parlamentares tentam conciliar maternidade e política e cobram acolhimento do Congresso

Cada vez mais cresce o número de mães que tentam conciliar a maternidade com a carreira política. Apenas na atual legislatura, cinco deputadas tiveram filhos, e quase todas concorrem à reeleição neste ano

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Com um número recorde de 9.678 mulheres candidatas em 2022, a quantidade de mães no Congresso para o próximo mandato pode se manter em alta

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No entanto, quem já precisou cuidar dos filhos em meio aos gabinetes reclama da falta de estrutura para as mães no local

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A ex-deputada Bruniele Gomes, conhecida como Brunny, foi eleita pelo PTC para o mandato de 2015 a 2018 e contou sobre a difícil tarefa de estar com o filho no Congresso. “Eu mesma não lembro de ter visto um fraldário ou um local para amamentar”, afirma

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A Câmara dos Deputados disse à CNN que a Casa tem, atualmente, sete fraldários, sendo que dois estão fechados momentaneamente. O primeiro foi instalado em 2019, na atual legislatura

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Mais uma sala está prevista para ser aberta em setembro deste ano. As instalações construídas fazem parte de um projeto batizado de Pró-Mãe, que também prevê jornada especial de 35 horas semanais para as servidoras lactantes

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A falta de estrutura para receber crianças é uma queixa de décadas. “O ambiente institucional não incentiva mulheres a terem filhos”, critica a deputada federal Jandira Feghali

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“Na minha época, chegou a acontecer de marcarem uma ausência minha em uma votação por conta da licença-maternidade, como se eu fosse uma parlamentar que faltaval”, conta a ex-deputada Brunny

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Só em 2021 a mesa diretora da Câmara dos Deputados publicou um ato que instituiu a sinalização de parlamentares ausentes da sessão por licença-maternidade ou licença-paternidade

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Para as entrevistadas, é esse tipo de atitude que acaba afastando ainda mais as mulheres da política institucional

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