17% das complicações após procedimentos estéticos têm sequelas permanentes

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Um estudo brasileiro revelou que existe um alto número de complicações de saúde após procedimentos estéticos realizados com profissionais não médicos. O trabalho mostrou que 17% das complicações tratadas por médicos resultam em sequelas permanentes

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O Brasil é o segundo país que mais realiza procedimentos estéticos no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS)

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No entanto, a alta demanda, somada à falta de regulamentação para a prática, resulta em uma maior quantidade de profissionais não médicos realizando tais procedimentos

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Fatores como menor custo, ampla divulgação nas redes sociais e desconhecimento dos riscos técnicos envolvidos contribuem para essa escolha. Muitos pacientes subestimam a complexidade anatômica e não compreendem que, mesmo procedimentos minimamente invasivos, podem ter complicações severas quando realizados por pessoas sem formação médica adequada

Rafael Azevedo, dermatologista membro da SBD-RESP

O estudo incluiu respostas de 1.058 médicos, principalmente dermatologistas, infectologistas e cirurgiões plásticos. Quase 90% dos médicos participantes relataram atender até 15 pacientes por mês com complicações decorrentes de procedimentos realizados por não médicos

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Segundo o estudo, as complicações mais comuns associadas a procedimentos estéticos realizados por não médicos estão cicatrizes, inflamações, infecções e necrose

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Entre os diversos procedimentos que representam riscos para o paciente quando realizados incorretamente, podemos destacar os preenchimentos injetáveis, pela possibilidade de cegueira e necroses, e os procedimentos cirúrgicos como os mais arriscados. Mas não só isso. Existe um alto risco de contaminação por microbactéria [...]

Elisete Crocco, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia-Regional SP

Com relação ao manejo das complicações, os médicos entrevistados relataram que foi necessário acompanhamento prolongado, com uma média de sete a oito consultas por ano, podendo chegar a 12 em muitos casos. Múltiplas cirurgias também precisaram ser realizadas, em média quatro por paciente

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