LEISHMANIOSE

“Ardiloso”, parasita da leishmaniose manipula defesas para manter replicação, diz estudo

CDC/ Frank Collins

Protozoários do gênero Leishmania, causadores da leishmaniose, manipulam uma proteína essencial na defesa do organismo para continuar se replicando, o que dificulta o combate à infecção

Keyla Sá/FMRP-USP

Os dados são de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), publicado na revista Nature Communications

George Campos/Jornal da USP

Os resultados trazem esperança para o desenvolvimento de novos tratamentos para a doença, que tem cerca de 30 mil novos casos por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), grande parte no Brasil, e para a qual não há medicamentos específicos.

Marcello Camargo/Agência Brasil

A proteína em questão é a gasdermina-D, produzida por células do sistema imune inato dos humanos (o primeiro a entrar em ação quando um patógeno é detectado), incluindo os macrófagos

Noah Smith/Wikimedia Commons

Ela promove a indução de um processo inflamatório fundamental para a defesa do organismo contra agentes infecciosos, como bactérias e parasitas

Fiocruz Amazonas

A gasdermina-D é importante na ativação do inflamassoma, complexo de proteínas envolvido no combate a infecções. Observamos o inflamassoma ativado em biópsias de pacientes com a forma tegumentar [cutânea e mucocutânea] da leishmaniose

Keyla de Sá, primeira autora do estudo, realizado durante seu doutorado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)

Nos experimentos com macrófagos e com camundongos infectados pela Leishmania, a gasdermina-D teve uma ativação fraca, que pode não ser suficiente para promover a morte celular necessária para combater o parasita, permitindo que a inflamação siga ativa

Rovena Rosa/Agência Brasil

O processo inflamatório é responsável pelo aspecto das lesões causadas pela doença, que gera cicatrizes e deformações ou mesmo incapacidade física, dependendo da parte do corpo afetada

Alexandre Silva/TV Brasil

CDC/ Dr. Peter K. Shaw