MALÁRIA

Aumento de casos de malária tem correlação direta com o garimpo ilegal, diz estudo da Fiocruz

Divulgação/CDC

Os casos de malária, doença potencialmente grave causada pelo parasita do gênero Plasmodium e transmitida pela picada de mosquitos Anopheles, apresentaram um aumento nos últimos anos em Roraima

Portal Biologia/Divulgação

A incidência do agravo, que passou a atingir majoritariamente indígenas, em especial os yanomamis, está associada principalmente ao avanço do garimpo ilegal, de acordo com um amplo estudo brasileiro

Fernando Frazão/Agência Brasil

A pesquisa, que analisou dados sobre malária em Roraima de 2010 a 2020, foi realizada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Universidade Federal de Roraima (UFRR) e Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (Rede Bionorte), em parceria com a Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau/RR) e o Ministério da Saúde

Fernando Frazão/Agência Brasil

A área de garimpo no território indígena aumento em mais de 30 vezes entre 2016 e 2020, segundo dados do Mapbiomas, o relatório produzido pelas associações Hutukara Yanomami e Wanasseduume Ye’kwana

Divulgação/Polícia Federal

A expansão foi acompanhada de uma alta significativa nas notificações de malária

Divulgação/CDC

Os garimpeiros invadem a floresta e escavam a terra, formando poços que, por sua vez, funcionam como criadouros de proliferação de mosquitos anofelinos, que transmitem a malária. Ou seja, com mais mosquitos e mais pessoas, cujo sangue serve de alimento para os mosquitos, está criada a situação ideal para a transmissão da doença. Isso acontece ao lado das aldeias, e os indígenas passam a viver perto de núcleos de transmissão de malária, que antes não existiam

Maria de Fátima Ferreira da Cruz, pesquisadora da Fiocruz

Divulgação/Ministério da Defesa