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Muito usada em sessões coletivas e até mesmo em audiências judiciais, a constelação familiar é uma prática que desperta tanto interesse quanto controvérsia
Tima Miroshnichenko/Pexels
Criada pelo alemão Bert Hellinger, a técnica propõe que traumas e conflitos podem ser solucionados por meio da dramatização simbólica de relações familiares
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Seus defensores afirmam que ela proporciona desbloqueios emocionais e reconciliações internas. Já seus críticos alertam para os riscos psicológicos e a falta de embasamento científico
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Segundo Renata Yamasaki, psicóloga e especialista em neuropsicologia pela Unifesp, a constelação familiar "trabalha as dinâmicas inconscientes dos sistemas familiares, trazendo à luz padrões que influenciam nossa vida emocional, relacional e até física"
Antoni Shkraba Studio/Pexels
A prática funciona por meio de representações simbólicas, nas quais participantes encenam papéis de familiares, revelando movimentos de exclusão, culpa e lealdades invisíveis que podem atravessar gerações
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O objetivo, afirma Yamasaki, é promover reconciliações internas e restaurar o fluxo de amor entre os membros da família, reconhecendo que todos ocupam um lugar importante
Marco Bianchetti/Unsplash
Por outro lado, Beatriz Brandão, mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP, faz um alerta claro: a constelação familiar não é reconhecida como prática válida de atuação psicológica pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia)
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"Ela não possui fundamentação teórica consistente, nem metodologia científica sistematizada. Também carece de evidências empíricas robustas que comprovem eficácia terapêutica", afirma
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As especialistas concordam que existem riscos quando a constelação familiar é aplicada sem os devidos cuidados. "A indução de memórias falsas, a retraumatização e o deslocamento de culpa são possibilidades reais", afirma Brandão
Polina Zimmerman/Pexels
De modo geral, o ideal é questionar a capacitação da pessoa com quem você está se consultando, entendendo se ela possui alguma formação em saúde mental, como psicologia. Em caso negativo, vale repensar na adoção da constelação familiar
Moe Magners/Pexels