Dieta mediterrânea: como adaptar com ingredientes brasileiros

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Por décadas, a dieta mediterrânea é apontada como uma das formas mais eficientes de se alimentar com saúde, sabor e equilíbrio. De acordo com a nutricionista Sabrina Theil, pessoas que seguem essa dieta têm risco significativamente menor de desenvolver doenças cardíacas graves

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Mas será mesmo possível seguir essa dieta vivendo no Brasil, longe do Mediterrâneo? A nutricionista afirma que sim, e, mais do que possível, é totalmente viável com o que se encontra na feira e no mercado brasileiro

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A nutricionista aponta que a dieta mediterrânea não é uma lista rígida de alimentos ou um plano de emagrecimento. Ela é o reflexo de um estilo de vida tradicional de povos litorâneos da Europa, marcado pelo uso de ingredientes naturais, sazonais e minimamente processados

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Para a nutricionista, o erro de muitos brasileiros ao tentar seguir a dieta mediterrânea é buscar alimentos importados e caros, como queijos europeus ou azeites premium, acreditando que isso garante autenticidade

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“Não precisamos importar cultura alimentar. No Brasil, temos feijão, frutas, castanhas e hortaliças que cumprem o mesmo papel nutricional com muito mais frescor”, explica Sabrina

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Se no Mediterrâneo usa-se o grão-de-bico, o Brasil possui o feijão em suas diferentes variedades rico em proteínas vegetais, fibras e minerais. As oleaginosas europeias (como nozes e amêndoas) podem ser substituídas por castanha-de-caju, castanha-do-pará e amendoim

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Frutas como figo e romã encontram equivalentes tropicais como manga, acerola, goiaba e abacaxi, ricas em vitamina C e compostos antioxidantes

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No caso dos vegetais, não é necessário depender de rúcula ou berinjela: a couve, o ora-pro-nóbis, a taioba, o jiló e o maxixe cumprem com excelência a missão de variedade de cores, fibras e nutrientes. A sardinha também é abundante na costa brasileira, acessível e rica em ômega-3

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Até mesmo o azeite, embora continue sendo a principal gordura recomendada, pode ter consumo parcial complementado por óleos de girassol ou canola em contextos de custo elevado. Para Sabrina, a chave é reduzir o uso de gorduras saturadas, como manteiga e banha

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A essência mediterrânea também convida a resgatar hábitos perdidos: comer na mesa, longe de telas, mastigar devagar, sentir o sabor. Valorizar aquilo que é feito em casa, priorizar a feira em vez de pacotes e entender a refeição como ritual, não como obrigação

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