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Diversas pesquisas já relacionaram a qualidade do sono a um melhor estado de saúde geral. Agora, um novo estudo sugere que a memória de longo prazo pode ser afetada pela privação de sono
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Além disso, mesmo uma boa noite de sono após uma noite mal dormida não é o suficiente para corrigir o sinal cerebral relacionado à memória. A descoberta foi publicada na revista científica Nature
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Os neurônios do cérebro estão interconectados e, geralmente, disparam juntos em padrões repetitivos — um deles é a ondulação de ondas agudas
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Nela, um grande grupo de neurônios dispara de forma sincronizada, e isso acontece em uma área do cérebro chamada hipocampo, fundamental para a formação da memória
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Além disso, evidências científicas mostraram que, possivelmente, esses padrões facilitem a comunicação com o neocórtex, local onde as memórias de longo prazo são armazenadas
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Pesquisas anteriores já tinham notado que essas ondulações de ondas agudas tendem a ocorrer durante o sono profundo e, também, durante a vigília (quando estamos acordados)
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Quando as ondulações acontecem durante o sono, elas podem ser importantes para transformar o conhecimento de curto prazo em memórias de longo prazo
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A partir disso, e para entender melhor como a privação de sono pode afetar a memória, os pesquisadores decidiram registrar a atividade do hipocampo em sete ratos enquanto eles exploravam labirintos ao longo de várias semanas
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Alguns desses animais tiveram seus sonos perturbados regularmente por intervenções dos cientistas, enquanto outros puderam dormir à vontade
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Segundo os pesquisadores, os ratos acordados repetidamente tiveram níveis semelhantes e, até mesmo, mais elevados de atividade de ondas agudas do que os roedores que dormiram normalmente
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Porém, essas ondulações foram mais fracas e menos organizadas, o que indica uma diminuição na repetição dos padrões de disparo dos neurônios
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Em entrevista ao site da revista Nature, especialistas afirmam que essa descoberta poderia explicar por que estudar muito antes de uma prova ou passar a noite inteira acordado estudando pode ser uma estratégia ineficaz
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Além disso, para György Buzsáki, neurocientista, que tem pesquisado estas explosões desde a década de 1980, a interrupção do sono pode ser usada para evitar que memórias traumáticas sejam armazenadas a longo prazo
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