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A hidrocolonterapia, conhecida como lavagem intestinal ou enema, é um procedimento que envolve a introdução de água no intestino grosso (cólon) por meio do reto
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Em sessões que duram cerca de uma hora, são infundidos entre 15 e 60 litros de água, às vezes misturada com ervas ou enzimas. A ideia é “limpar” o intestino, removendo fezes antigas e toxinas acumuladas
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Quem defende a hidrocolonterapia afirma que ela ajuda a: – combater a prisão de ventre; – reduzir o inchaço e a sensação de peso abdominal; – eliminar toxinas; – melhorar a imunidade; – aumentar a disposição
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Mas esses benefícios não têm comprovação científica sólida. A maioria das alegações vem de relatos pessoais ou do marketing de clínicas especializadas — e não de pesquisas científicas confiáveis
Panuwat Dangsungnoen/GettyImages
Uma revisão feita por médicos da Universidade Johns Hopkins, publicada no American Journal of Gastroenterology, concluiu que não existe nenhum benefício comprovado da limpeza do intestino para “desintoxicação” ou promoção de saúde
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Em vez disso, os especialistas alertaram para efeitos colaterais importantes, como: – dores abdominais e cólicas; – náuseas e vômitos; – infecções bacterianas; – desequilíbrio dos sais minerais no corpo; – perfuração do intestino (em casos mais graves)
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Outro risco pouco conhecido é a alteração da microbiota intestinal, ou seja, das bactérias benéficas que vivem no intestino e auxiliam na digestão, imunidade e até na regulação do humor
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Em algumas situações muito específicas — como preparação para exames como a colonoscopia — o intestino é esvaziado com soluções apropriadas e sob supervisão médica. Fora isso, não há indicação clínica para esse tipo de limpeza
João Medeiros/Flickr