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A escoliose é um encurtamento da coluna causado por uma curvatura lateral que acomete cerca de 4% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)
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Em conversa com a CNN, Luciano Miller, ortopedista e cirurgião de coluna do Hospital Israelita Albert Einstein, afirma que a escoliose é definida como um “desvio da coluna no plano frontal acima de 10 graus”
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“É importante essa definição de 10 graus porque pequenos desvios fazem parte da normalidade”, ressalta o profissional
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Já o tipo definido como idiopática, têm como origem “alterações genéticas e ocorrem com mais frequência durante o estirão de crescimento”, aponta o especialista. Ou seja, se desenvolve em crianças e adolescentes e são as mais comuns e atingem principalmente mulheres
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Além da idiopática, a escoliose ainda pode ser classificada de outras três formas: congênita; neuromuscular; e degenerativa
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“A escoliose congênita é uma forma da doença em que a pessoa já nasce com a deformidade na coluna. Esse tipo resulta de malformações vertebrais presentes desde o nascimento”, afirma o especialista
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Já a neuromuscular é uma variação da escoliose “comum”. Essa têm como origem alterações musculares ou neurológicas. “Entre as deformidades mais frequentes nesse grupo estão a paralisia cerebral, distrofias musculares, mielomeningocele ou deformidades pós-traumáticas”
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A degenerativa, por sua vez, se desenvolve na vida adulta e é causada pelo desgaste da coluna vertebral. Nos casos mais leves, a condição pode ser assintomática e descoberta apenas durante exames de rotina
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“Em casos mais severos, os sintomas incluem dor nas costas, assimetria nos ombros ou quadris, uma escápula mais proeminente que a outra e problemas respiratórios, devido à compressão dos pulmões”, explica o ortopedista
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“O mais importante é o diagnóstico precoce para evitar a evolução da curvatura. Quando há uma angulação grande, a cirurgia pode corrigir totalmente”, aponta Luciano
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De acordo com o especialista, o tratamento da escoliose depende de vários fatores, como a idade do paciente, a gravidade da curvatura e a probabilidade de progressão da deformidade
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“Para casos leves, o acompanhamento regular e exercícios específicos podem ser suficientes. Em adolescentes, o uso de coletes ortopédicos pode impedir a progressão da curva”, explica o ortopedista
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Em situações onde a curvatura é mais acentuada, um procedimento cirúrgico pode ser necessário
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