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Em meio às campanhas do Novembro Azul, período no qual se intensificam as recomendações para que homens cuidem de sua saúde e busquem o diagnóstico precoce do câncer de próstata, voltou a ganhar força uma discussão sobre a efetividade ou não do rastreamento populacional para a doença
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Há anos, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) não recomendam o rastreamento populacional sob o argumento de que estudos científicos verificaram que programas de rastreamento não têm grande impacto na redução de mortalidade pela doença e podem causar danos à saúde do homem
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Isso porque parte dos tumores diagnosticados podem ser do tipo indolente, que crescem lentamente e dificilmente se espalham para outros órgãos
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Nesses casos, o paciente diagnosticado tem um risco aumentado de passar por um tratamento que seria desnecessário e que pode deixar sequelas como incontinência urinária e disfunção erétil
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Por outro lado, algumas sociedades médicas pontuam que esperar o homem manifestar algum sintoma da doença para orientá-lo a realizar os exames pode ser arriscado, dado que os cânceres de próstata em fase inicial geralmente não dão sinais claros
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Reafirmamos que o diagnóstico precoce salva vidas. Um tumor detectado no estágio inicial tem mais de 90% de chance de cura, então, por mais que não haja recomendação de rastreio populacional, o homem precisa ser avisado sobre os benefícios e riscos dos exames para que ele avalie, junto ao médico, se acha que vale a pena fazer.
Alfredo Canalini, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia
Os médicos contrários à recomendação do Ministério da Saúde destacam ainda que alguns dos estudos internacionais considerados para afirmar que o rastreamento não reduz mortalidade por câncer de próstata têm limitações e foram contestados
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