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O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) tem sido amplamente discutido, devido ao aumento do número de diagnósticos, gerando conscientização e questionamentos sobre seu real alcance clínico
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No Brasil, estima-se que 2 milhões de pessoas convivam com essa condição, segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA). O aumento dos diagnósticos levanta debates sobre possíveis exageros e equívocos na identificação
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Nem toda desatenção ou inquietação está ligada ao TDAH, tornando essencial diferenciar o transtorno de outras condições com sintomas semelhantes
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Um diagnóstico inadequado pode trazer impactos negativos. O uso de medicamentos estimulantes, comuns no tratamento, pode ser ineficaz ou prejudicial sem avaliação
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Entre os efeitos colaterais, estão insônia, perda de apetite e agravamento de sintomas de ansiedade e depressão
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Além disso, erros no diagnóstico podem atrasar o tratamento adequado para dificuldades de aprendizagem ou transtornos emocionais que compartilham sintomas com o TDAH
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Assim, é importante considerar que desatenção e inquietação podem ter diversas causas. Ansiedade, depressão e distúrbios do sono podem se manifestar de forma semelhante, dificultando a avaliação
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Um dos maiores riscos do hiperdiagnóstico é tratar apenas os sintomas sem investigar a origem do problema. Para evitar esse erro, é essencial uma análise criteriosa, considerando histórico, impacto na rotina e informações de familiares e professores
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Além disso, com a popularização do tema, cresce o autodiagnóstico. Muitas pessoas se identificam com características do transtorno e acreditam ter TDAH sem uma avaliação profissional
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O contato prévio com informações digitais pode criar percepções distorcidas sobre os sintomas do TDAH. Na avaliação dos adultos, é importante considerar que dificuldade de foco ou procrastinação nem sempre indicam um transtorno neurológico
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Quando feito de forma criteriosa, o diagnóstico pode transformar vidas, por meio de tratamentos eficazes melhorando o desempenho acadêmico, profissional e qualidade de vida
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Porém, diante do risco de hiperdiagnóstico e autodiagnóstico, é fundamental que as avaliações sejam conduzidas por especialistas experientes, com base em métodos confiáveis
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O TDAH não deve ser uma explicação generalizada para dificuldades diárias, mas tratado como um transtorno que exige análise cuidadosa e embasada em evidências
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