Vício em ChatGPT? Entenda se uso de IAs está prejudicando  a criatividade 

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O uso de inteligência artificial já faz parte da rotina de trabalho, estudo  e até lazer de milhões de pessoas. Em poucos segundos, plataformas entregam textos, imagens, sugestões e até ideias inteiras, prontas para consumo

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Especialistas em saúde mental apontam que, embora a IA possa ser uma aliada no processo criativo,  o uso constante e desregulado pode levar a uma espécie de “atrofia psíquica”, em que perdemos não  só o esforço, mas a profundidade  da elaboração

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Criar exige tempo, frustração, silêncio e conflito interno, elementos que não combinam com  a lógica imediatista das máquinas

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O cérebro humano  é programado para economizar energia. Então  é natural que, diante de uma ferramenta que ‘faz por nós’, a gente vá se acostumando  a não fazer. Há um empobrecimento simbólico da produção. A criatividade não é só o resultado final,  é o processo de conexão entre memórias, vivências, afetos e referências

Renata Yamasaki, neuropsicóloga

Para a psicóloga, recorrer à IA como apoio pontual pode ser produtivo, mas delegar totalmente a criação a ela significa abrir mão da autoria e isso afeta, com o tempo, a própria constituição subjetiva de quem cria

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Criar é um ato simbólico  de existência. Quando você entrega a criação completamente para uma inteligência artificial,  você apaga essa possibilidade de subjetivação. É como terceirizar um sonho:  ele pode até ser bonito,  mas não é seu

Renata Yamasaki, neuropsicóloga

Ana Café, psicóloga clínica especializada em dependência química e saúde mental, observa que o impacto da IA na criatividade segue o mesmo padrão observado com as redes sociais: o afastamento do sujeito do conteúdo que ele mesmo produz

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A inteligência artificial oferece agilidade, mas é importante que a pessoa coloque seu tom,  sua criatividade. Que use como ponto de partida,  não como obra final

Ana Café, psicóloga clínica

A chave, segundo as especialistas, está no uso consciente. Yamasaki defende pausas intencionais  para pensar sem atalhos,  buscar o desconforto criativo  e preservar momentos offline

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