Meninas sentem mais impactos negativos  das redes sociais,  revela estudo

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As redes sociais se tornaram parte do cotidiano de adolescentes,  mas um novo estudo revela que meninas sentem de forma mais intensa os impactos emocionais  do uso de Instagram, TikTok e outras plataformas

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Apesar de perceberem efeitos negativos, como a pressão estética  e a comparação constante, muitas ainda mantêm uma visão neutra  sobre o uso das redes, o que pode dificultar o reconhecimento  de sinais de sofrimento

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As meninas não apenas consomem mais conteúdos ligados a estética, mas também se sentem mais pressionadas a performar uma versão ideal de si mesmas nas redes.  Essa cobrança constante, mesmo que silenciosa, pode gerar um estado de alerta contínuo, afetando autoestima, espontaneidade e até o vínculo com  o próprio corpo

Ana Lucia Karasin, neuropsicóloga do Einstein Hospital Israelita

Conduzida por estudiosos  da Universitat Pompeu Fabra,  na Espanha, a pesquisa chegou à conclusão após aplicar uma enquete a 1.043 adolescentes entre 12 e 18 anos buscando avaliar a percepção do impacto das redes em vários aspectos da vida

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Diversos estudos apontam que as meninas estão mais expostas a conteúdos que envolvem imagem corporal, aparência, relacionamentos, e tudo isso é bastante sensível nessa idade. Além disso, elas tendem a ser mais autocríticas e conseguem nomear com mais clareza o  o que estão sentindo

Bianca Dalmaso, psicóloga do Einstein Hospital Israelita

A exposição intensa nas redes sociais pode aumentar o risco  de ansiedade, distorções de imagem e até sintomas depressivos,  além de gerar impactos emocionais profundos, especialmente numa fase em que a identidade ainda está sendo construída

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Por exemplo, a busca constante por curtidas pode virar uma forma de medir  o próprio valor. Além disso,  o excesso de comparação com os outros pode afetar  a autoestima, causar ansiedade e até atrapalhar  o sono ou o rendimento escolar. Tem também  o risco de normalizar certos conteúdos tóxicos — como padrões de beleza irreais  ou discursos agressivos  — sem nem perceber

Bianca Dalmaso, psicóloga do Einstein Hospital Israelita

Para os pais, a principal recomendação é manter um  diálogo aberto, sem julgamentos  ou sermões, mostrando interesse genuíno pelo que os filhos veem, seguem e compartilham

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Criar momentos offline em família, propor atividades ao ar livre,  tudo isso reforça que a conexão mais importante não é a do wi-fi, mas a entre as pessoas

Bianca Dalmaso

É importante oferecer espaço seguro para que os filhos falem sobre suas experiências digitais sem medo de serem punidos ou ainda incompreendidos

Ana Lucia Karasin

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