Metais tóxicos em absorventes internos: entenda evidências e recomendações

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Desde que chegaram ao mercado, na década de 1930, os absorventes internos se tornaram uma escolha comum entre as pessoas que menstruam, ajudando a minimizar alguns desconfortos típicos desse período. Contudo, a ciência tem investigado a segurança desses produtos

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Uma pesquisa publicada em agosto no periódico Environment International constatou a presença de metais tóxicos, como chumbo, arsênio, níquel, mercúrio e zinco, em absorventes internos e abriu brecha para a dúvida: eles são seguros para a saúde?

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O estudo avaliou 16 tipos de metais (arsênio, bário, cálcio, cádmio, cobalto, cromo, cobre, ferro, manganês, mercúrio, níquel, chumbo, selênio, estrôncio, vanádio e zinco) em 30 absorventes internos de 14 marcas diferentes não divulgadas

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Os cientistas focaram em produtos populares, selecionados entre os mais vendidos em um grande varejista online e em lojas físicas. A conclusão foi de que todos os absorventes internos analisados continham metais, com variações nas concentrações dependendo do local de compra

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Os metais podem chegar aos absorventes internos de várias maneiras: o algodão usado pode ter absorvido os metais da água, do ar, do solo, por meio de um contaminante próximo, ou alguns podem ter sido adicionados como parte de um pigmento, entre outros processos

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Segundo a ginecologista Renata Bonaccorso Lamego, do Hospital Israelita Albert Einstein, a presença de metais tóxicos em absorventes internos pode, sim, significar uma preocupação

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Isso porque a toxicidade desses metais pode ocasionar, além de impactos neurológicos e cardíacos, um aumento do risco de câncer, doenças renais e infertilidade

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No entanto, o novo estudo não é suficiente para dizer que os absorventes internos são nocivos à saúde. Isso porque o trabalho identificou apenas a presença dos metais nos absorventes, e não que eles são absorvidos e chegam à corrente sanguínea

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“Para confirmar essa hipótese, seriam necessários novos estudos que avaliassem a presença desses metais no sangue de usuárias em comparação com quem não usa os absorventes internos”, observa a ginecologista Adriana Campaner

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Os próprios autores do artigo ressaltam que a pesquisa é um ponto de partida e que novas investigações serão necessárias, especialmente para avaliar se os metais podem escapar dos absorventes internos e ser absorvidos pelo corpo

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