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Um novo estudo, liderado pela Universidade Goethe de Frankfurt, na Alemanha, traz novas percepções de como as células cancerígenas podem “enganar” e escapar do sistema imunológico, levando ao desenvolvimento de tumores
National Cancer Institue/Wikimedia Commons
O sistema imunológico é capaz de reconhecer se uma célula foi infectada por um vírus ou sofreu uma mutação que pode torná-la perigosa e cancerígena. Isso acontece com ajuda de moléculas presentes no interior das células chamadas MHC-I, que funcionam como “antenas”
Freepick
Essas moléculas indicam pedaços de proteínas que representam o que está acontecendo dentro da célula para o sistema imunológico. Elas se formam dentro da célula e são levadas até a membrana celular, que é a camada externa que envolve a célula
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Quando as células de defesa detectam pedaços de proteína que podem ser perigosos — com indícios de infecção ou de mutação – elas destroem essa célula alterada para proteger o corpo
Volker Brinkmann/Wikimedia Commons
Porém, para que isso funcione adequadamente, as moléculas MHC-I precisam estar funcionais; caso contrário, há o risco de que esse mecanismo não funcione e as células perigosas escapem do sistema imunológico
National Cancer Institue/Wikimedia Commons
Agora descobrimos um sensor dentro da célula que garante que apenas moléculas MHC-I funcionais sejam transportadas para a membrana plasmática, enquanto as unidades defeituosas são eliminadas
Lina Herhaus
As proteínas são produzidas pelas células para cumprir suas diversas funções. Quando acontece algum erro na produção dessas proteínas, elas são descartadas. Esse processo é feito por meio de receptores especializados que detectam as proteínas defeituosas
Gustavo Fring/Pexels
“Como parte do nosso estudo, buscamos receptores ainda desconhecidos e encontramos uma proteína chamada IRGQ, que é especificamente responsável por garantir o controle de qualidade dos mastros MHC-I”, diz Herhaus
Pavel Danilyuk/Pexels
Você realmente esperaria que células sem IRGQ desencadeassem uma resposta imunológica mais fraca. No entanto, esse obviamente não é o caso: tendo analisado vários tumores humanos, descobrimos que menos IRGQ estava associado a uma melhor taxa de sobrevivência de pacientes com câncer de fígado
Ivan Đikić, professor do Instituto de Bioquímica II e colíder do estudo
“Queremos descobrir o quão importante o IRGQ é para o funcionamento do sistema imunológico em geral, incluindo durante infecções virais”, diz Herhaus
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