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Eliana nasceu com apenas 23 semanas de gestação, pesando 450 gramas. Ela passou 131 dias na UTI neonatal, período em que desenvolveu uma infecção grave no pescoço que resultou em uma ferida extensa. Foi então que a equipe médica apresentou uma opção de tratamento surpreendente
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Ela recebeu vários medicamentos para tratar a infecção nos dois hospitais em que esteve, incluindo antibióticos. Mas foi em um deles que a pele de peixe passou a fazer parte do cuidado da ferida, de forma inovadora
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“A pele de peixe é microscopicamente muito parecida com a pele humana, o que ajuda a ferida a começar a cicatrizar”, explica Vanessa Dimas, cirurgiã plástica pediátrica do Hospital Infantil Driscoll
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Os métodos mais tradicionais — como cirurgia ou enxerto de pele humana — eram arriscados demais ou inviáveis para um bebê prematuro. Então, foi usada uma solução medicinal à base de mel para limpar a ferida. Depois, aplicado uma mistura desse mel com pele de peixe para cobrir
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A pele de peixe — um produto médico feito a partir de bacalhau selvagem do Atlântico Norte, produzido pela empresa islandesa Kerecis — funcionou como uma espécie de estrutura, ou plataforma, para que o novo tecido cutâneo pudesse crescer
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Um risco potencial desse tratamento é a possibilidade de reação alérgica em crianças com alergia a peixe; no caso de bebês, muitas vezes não se sabe ainda se eles têm alguma alergia
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O potencial dos "xenoenxertos" A pele de peixe já é utilizada no tratamento de feridas em várias partes do mundo, mas seu uso em crianças — especialmente em bebês — ainda é raro
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Os xenoenxertos podem ter potencial no futuro, mas atualmente não são usados para substituir a pele. Eles servem apenas como curativos biológicos temporários
Arun Gosain, presidente da Seção de Cirurgia Plástica da Academia Americana de Pediatria
Esses curativos ajudam a proteger temporariamente as feridas e a apoiar o processo natural de cicatrização, facilitando que ela aconteça de forma espontânea ou preparando o local para uma cirurgia de fechamento
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